Casal sai de São Paulo de bicicleta e planeja chegar a Cuiabá em 45 dias

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A jornalista Claudia Hallage, 36 anos, e o historiador e fotógrafo Carlos Crow, 39 anos, começam na madrugada deste sábado (1º) uma viagem de bicicleta em que vão atravessar metade do país até chegar a Cuiabá. O casal paulistano planeja pedalar 2,5 mil km em 45 dias, desde São Paulo (SP) até o centro geodésico da América do Sul, nessa que será a primeira viagem da Expedição CicloAmérica. No caminho até a capital mato-grossense, eles planejam passar ainda pela Bolívia e pelo Pantanal.
No primeiro trecho da expedição, saindo da capital paulista, um grupo de ciclistas acompanha o casal até chegar ao município de Itu (SP). Claudia e Carlos então seguem viagem pelo interior de São Paulo até a divisa com Mato Grosso do Sul, no município de Três Lagoas (MS). De lá, eles atravessam o Estado rumo ao Oeste, até Corumbá, que fica na fronteira com a Bolívia.

Claudia e Carlos então entram no país vizinho, seguem até a cidade de Santa Cruz de La Sierra, e retornam para Mato Grosso do Sul. De Corumbá, a ideia do casal é pegar uma chalana até Porto Jofre, já em Mato Grosso, no município de Poconé. De lá, eles seguem pedalando pela rodovia Transpantaneira e pegam a BR-070 até Cuiabá. Depois, eles ainda vão pedalar pela MT-251 para conhecer a Chapada dos Guimarães.

“Certamente o trecho mais difícil será a Serra de Botucatu, no Estado de São Paulo, por ser serra e quase não ter acostamento, além de trechos com intervalo acima de 100 km entre cidades. Isso tem como consequência a falta de opções de alimentação, descanso e socorro, se for necessário”, observa Claudia.

Ideal ciclo ativista

A estimativa do casal é gastar, no máximo, R$ 2 mil com a viagem. Para isso, eles se inscreveram em sites como Couchsurfing e Warm Showers, que oferecem hospedagem gratuita em casas de voluntários – este último voltado para ciclistas. “Em último caso, também estamos levando barraca, fogareiro e toda a parafernália de camping”, diz Claudia. Apoios e patrocínios também são bem-vindos.

Carlos já fez algumas viagens curtas de bicicleta, enquanto Claudia nunca colocou sua “magrela” na estrada. A primeira viagem do casal a Cuiabá servirá também como experiência para uma volta de bicicleta por toda a América do Sul. Também está nos planos deles pedalar entre Minas Gerais e Alagoas, acompanhando o curso do Rio São Francisco.

“Essas viagens servirão também para plantar nossos ideais ciclo ativistas pelo uso da bike como transporte e objeto de transformação social. Por isso criamos uma logo em que o continente representa um braço de pedivela com o pedal na ponta, pensando na América do Sul como um pedivela que gira e muda sempre constantemente com novas ideias”, diz Carlos, que participa com Claudia de projetos e organizações não governamentais (ONGs) que estimulam o uso da bicicleta.

A viagem de Carlos e Claudia pode ser acompanhada pelo Instagram, Facebook e pelo blog.
O casal também pode ser contatado pelo e-mail expedicaocicloamerica@gmail.com .

“Uma Mercedes não é mais dona de uma rua que uma bicicleta”

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O ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa. / Colin Hughes/Flickr

Quando foi prefeito de Bogotá, entre os anos de 1998 e 2001, Enrique Peñalosa foi responsável pela implementação de 300 quilômetros de ciclovias pela cidade. Hoje a capital colombiana tem cerca de 392 quilômetros e tornou-se referência internacional em mobilidade, com diversos prêmios internacionais conquistados nos últimos anos. Conhecido por seu discurso a favor das bicicletas e à restrição ao uso de carros nos grandes centros, Penãlosa estará no Brasil no dia 09 de setembro para participar da Cúpula dos Prefeitos, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao EL PAÍS, concedida por telefone, o político da Aliança Verde falou sobre os incentivos ao uso das bicicletas – e suas críticas – em São Paulo, os problemas de mobilidade e trânsito na cidade e quais seriam as possíveis soluções.

Pergunta. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem sido muito criticado pela maneira como está implementando corredores de ônibus e ciclovias. Como fazer mudanças em uma cidade e, ao mesmo tempo, sobreviver às críticas?

Resposta. Creio que a mudança é sempre difícil. Ao menos as mudanças boas. A responsabilidade de um governante não é sair bem nas pesquisas, mas sim frente à história e ao futuro. Um governante responsável tem que tomar decisões impopulares que só são compreendidas muito mais tarde. O recurso mais valioso que uma cidade tem é o espaço entre os edifícios, ou seja, as ruas. E esse recurso não pertence mais a uma Mercedes do que a uma bicicleta. Não importa se é um menino de 10 anos ou um milionário de 50 anos em um carro de luxo. Então como distribuir o espaço das ruas entre pedestres, ciclistas, ônibus e automóveis? Quem decidiu que se deveria dar mais espaço aos estacionamentos dos carros do que às calçadas e às ciclovias?

P. Bom, um sistema capitalista funciona assim…

R. Não. Hoje, a diferença das cidades avançadas em termos de infraestrutura e transporte não é que tenham metrô ou vias, mas a qualidade das calçadas. Ter boas calçadas é um direito. Ao mesmo tempo em que ter vias em São Paulo que não tenham espaço para ônibus é algo antidemocrático. Mesmo se houver metrô em cima da terra, deveria haver linhas de ônibus ou VLT em cima.

P. Uma das críticas a Haddad é que a Prefeitura está implementando ciclovias em locais que são pouco utilizados por ciclistas.

R. O cidadão que usa bicicleta está ajudando a cidade para que ela tenha menos tráfego e menos poluição. Em Bogotá, 600.000 pessoas usam bicicletas todos os dias. Não temos o dilema do ovo e da galinha: Aqui, primeiro deve haver ciclovias protegidas para, depois, surgirem os ciclistas. Havia uma ciclovia em Bogotá que ninguém usava. Agora, há congestionamento. Implementar ciclovias é um experimento que vale a pena fazer e que no começo pode ser difícil, mas acho que São Paulo tem uma grande vantagem que é ter um clima muito amável, não faz frio como na Suécia e no verão não faz um calor de 50 graus. Então imagine uma cidade de São Paulo onde dois milhões de pessoas andem de bicicleta. Seria uma cidade alegre, sensual, segura, com menos crime. Creio que seja preciso criar espaço em todas as ruas para as bicicletas.

P. O senhor acha então que é uma questão de costume?

R. Quando eu era estudante em Paris, e isso já faz muito tempo, ninguém usava bicicleta. Hoje, a meta de Paris é que em cinco anos, 20% da população ande de bicicleta. Isso em Paris, que tem um sistema de transporte público muito bom.

P. Então uma solução seria restringir o uso do carro?

R. As novas obras urbanísticas de São Paulo propõem restringir o estacionamento nos edifícios [segundo as regras do novo Plano Diretor da cidade]. Mas é preciso limitar o estacionamento nos escritórios e não nas casas. As pessoas podem ter carros, embora eu ache que no futuro elas não vão querer tê-los, já que cada vez os carros são menos símbolo de status. Ter 10 carros é como ter 10 pianos: O problema não é ter, é usar. Então, a questão é restringir os estacionamentos nos lugares de destino, como os escritórios e centros comerciais. Não nas casas. É preciso restringir o uso e não a aquisição do carro. O transporte massivo tampouco resolve o problema do trânsito. Ele contribui com a mobilidade.

P. Então como reduzir, efetivamente, o engarrafamento?

R. A única maneira de reduzir o engarrafamento é restringindo o uso de carro, com os rodízios, por exemplo. Quando implementamos o rodízio em Bogotá, eram dois dias por semana de restrição. Agora são três.

P. E como é o trânsito em Bogotá agora?

R. Terrível.

P. Mas qual é a solução então?

R. Aqui é preciso ter mais VLT, mais metrôs e restringir ainda mais o uso dos carros. São duas coisas distintas: trânsito e mobilidade. Para resolver a mobilidade, é preciso investir nos meios de transporte coletivos, no metrô e no uso da bicicleta. Já o trânsito, só é possível ser resolvido com restrições ao uso do carro.

P. Dizer a um cidadão que ele não pode usar seu próprio carro não é uma medida radical?

R. É preciso tomar medidas radicais. Diversas medidas que os governantes têm que tomar incomoda muito uma minoria, que protesta muito. E os que se beneficiam, que são aqueles que usam ônibus e bicicletas, não agradecem. Então é muito difícil. Haddad tem que tomar decisões impopulares, pensando na maioria que não vai agradecê-lo.

Ciclista levanta carro no braço e o tira do meio da ciclovia

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Certo dia um carro estacionou no meio de uma ciclovia, na cidade de São Paulo. O ciclista que passeava tranquilamente por ali se deparou com o absurdo e, prontamente, desceu de sua bike para tirar o carro do lugar. Isso mesmo! O herói de nossa história levantou o Fiat Uno e retirou o automóvel da pista para ciclistas.

Depois do serviço finalizado, o rapaz montou novamente na bicicleta e continuou seu trajeto, sob os aplausos dos pedestres que passavam pelo local. No YouTube, o vídeo já tem mais de 800 mil visualizações. Confira abaixo como foi o momento:

Inauguração da Ciclovia na Paulista

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Domingo conseguimos uma grande vitória, um sonho de muitos, que perderam o equilíbrio, partes do corpo e a vida em uma das avenidas mais movimentadas da cidade de São Paulo.

Foto: Divulgação
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Infelizmente não pude comparecer pessoalmente no domingo, mas meu coração estava lá, forte e pulsante por essa conquista que é de todos nós! Todos aqueles que sentem falta de um espaço de convívio, de um lugar para dar um passeio, e também de um caminho para ir ao trabalho de forma saudável!

Foto: Divulgação
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As fotos mostram que não somos poucos, como tentam argumentar, somos muitos e ainda imagino que tantos, como eu, que não puderam estar na inauguração, mas ainda irão utilizar e muito a ciclovia.

Ela é benéfica pois além do trânsito, você tem mudanças também na quantidade de pessoas nos metrôs e ônibus, além da melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Para você, que por acaso tem empresa e está passando por aqui, veja como dar suporte para seus funcionários, para que eles utilizem meios de transporte alternativos.

Lembre-se que quem vai ao trabalho de bicicleta é mais feliz!

Por isso, não se esqueça, se até o prefeito vai de bike, você também pode!

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

E claro, use a sua melhor roupa e comemore!

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Bora pedalar? 🙂 ❤

18 razões para apoiar a implantação de ciclovias

Eu vi esse material no Vá de Bike!

respeite, um carro a menos!
respeite, um carro a menos!

Na decisão de apoiar ou se opor à construção de ciclovias, deve-se pesar os pontos abaixo:
1. Construir ciclovias e reduzir limites de velocidade significa preservar vidas, pois a bicicleta é frágil frente ao tamanho e velocidade dos demais veículos nas ruas. Queremos uma cidade onde idosos e crianças possam ocupar as ruas sem medo.

2. Ciclovias promovem ocupação do espaço público, tornando-o espaço de convivência e não apenas de passagem. Espaços ociosos, pouco frequentados e abandonados pelo poder público e pelos cidadãos têm maior índice de criminalidade. Por isso, investir na bicicleta aumenta a segurança pública.

3. Ciclovias são boas para o comércio, pois ciclistas são clientes potenciais que passam em baixa velocidade e não exigem grandes áreas de estacionamento, podendo facilmente parar em frente a uma vitrine, entrar numa loja, conhecer um serviço. Comerciantes da região do Largo 13 de Maio, em Santo Amaro – que têm suas lojas dentro da área onde houve restrição da circulação de automóveis desde 2013 – tiveram aumento nas vendas com mais pessoas circulando a pé, em velocidade similar à de uma bicicleta a passeio. No entorno da Ciclofaixa de Lazer, onde 100 mil pessoas circulam a cada domingo, comerciantes mais conectados com as tendências de mercado souberam aproveitar o fluxo de clientes potenciais e estão lucrando com isso. Em Nova York, depois que a Times Square teve a circulação de carros restringida, registrou-se um aumento de 50% no valor dos imóveis e na receita do comércio.

4. Há demanda pelo uso da bicicleta em São Paulo. Pesquisa de Mobilidade da Região Metropolitana, realizada pelo Metrô em 2012, registrou 333 mil viagens diárias em bicicleta durante os dias úteis, mesmo com a infraestrutura ainda reduzida, deficiente e desconectada. Vale ressaltar que esse número já representava, dois anos atrás, mais do que o dobro das viagens de táxi, contabilizadas em 158 mil/dia.

5. Grande parcela da população só adotará a bicicleta em seus deslocamentos a partir da proteção oferecida por áreas segregadas. Na pesquisa sobre Mobilidade Urbana realizada pela Rede Nossa São Paulo e Instituto Ibope, em 2012, entre as pessoas que afirmaram não utilizar nunca a bicicleta, 63% afirmaram que passariam a usar havendo melhores condições. Dentre essas pessoas, 27% traduziram essa falta de segurança expressamente em necessidade de ciclovias.

6. A mesma pesquisa apontou que uma em cada quatro pessoas entrevistadas usava a bicicleta “de vez em quando”. Entre os jovens de 16 a 24 anos, esse número saltava para 47%. A quantidade de pessoas que utilizava a bicicleta “todos os dias” ou “quase todos os dias” também é bem maior do que se imagina: 7%. Somados, os ciclistas habituais e eventuais representavam, em 2012, 32% da amostra, praticamente um terço da população entrevistada e o dobro da parcela de pessoas que usava frequente ou eventualmente a moto (16%).

7. O uso da bicicleta é benéfico à saúde dos cidadãos, pois o simples fato de usar a bicicleta como transporte os afasta do sedentarismo e de todos os problemas de saúde deles decorrentes. A atividade física regular previne doenças cardíacas e AVCs, hipertensão, ajuda a controlar o diabetes, aumenta a resistência aeróbica, reduz a obesidade, ativa a musculatura de todo o corpo, diminui a incidência de doenças crônicas, faz bem para a saúde do idoso e aumenta a expectativa de vida.

8. O uso da bicicleta melhora a qualidade de vida de quem a utiliza, não só pelo ganho em saúde mas também pela diminuição do stress, melhorando os relacionamentos interpessoais e humanizando o trânsito e a cidade.

9. As ciclovias proporcionam uma retomada do uso das ruas pelas crianças, sendo uma opção de lazer que resgata uma faceta da infância há muito esquecida nas regiões mais urbanizadas da cidade. Já temos crianças utilizando as ciclovias junto a seus pais e, conforme sua aceitação, abrangência e conectividade aumentarem, esse fenômeno tende a crescer, com o potencial de permitir que pedalem sozinhas até a escola.

10. Quem opta pela bicicleta economiza tempo, sobretudo nos horários de pico, quando a velocidade média dos automóveis chega a meros 6,9 km/h em alguns casos – a mesma de alguém caminhando com pressa. Os Desafios Intermodais realizados desde 2006 na cidade comprovam que a bicicleta é bem mais rápida que o carro nesses horários – em um deles, chegou antes até mesmo do helicóptero, que necessita aguardar autorização para decolagem e tráfego.

11. A bicicleta traz economia para o cidadão, pois os custos com compra, utilização e manutenção são muito menores que o do automóvel, representando redução de gastos até para quem a utiliza em substituição ao transporte público. Além de ser um fator importante para as camadas sociais mais baixas, o valor economizado pode ter destino em consumo, aquecendo comércio e serviços.

12. O uso da bicicleta é benéfico à cidade, por ser um meio de transporte não poluente. Conforme pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, nos próximos 16 anos a poluição atmosférica matará 256 mil pessoas no Estado (quase 44 pessoas por dia) e a concentração de partículas poluentes no ar levará a internação de 1 milhão de pessoas e um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, com pelo menos 25% das mortes (59 mil) ocorrendo na capital. Construir ciclovias, portanto, preserva vidas também de forma indireta e diminui o gasto público com o sistema de saúde e o da população com medicamentos para tratar doenças causadas pela poluição.

13. A bicicleta é um veículo silencioso e sua adoção em maior escala trará uma diminuição da poluição sonora da cidade;

14. A construção de vias para bicicletas têm um custo muito menor que a de vias para veículos motorizados. Quanto mais cidadãos as adotarem, menor será o gasto com criação e manutenção do viário a longo prazo, economizando o dinheiro da cidade.

15. O incentivo e a garantia de uso seguro da bicicleta democratizam o deslocamento. Todos os cidadãos são importantes para uma cidade, não apenas os que se deslocam em automóveis e essa mensagem é passada claramente com a construção de ciclovias;

16. Ciclovias atuam no sentido de reduzir os congestionamentos e a lotação dos transportes públicos, ao passo que cada vez mais pessoas troquem suas opções de deslocamento pelas bicicletas, ainda que eventualmente;

17. O novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE), que tem força de Lei Municipal, tem como uma de suas diretrizes a “prioridade no sistema viário para o transporte coletivo e modos não motorizados”. Isso significa que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. Portanto, a construção de ciclovias cumpre uma das diretrizes dessa Lei. O PDE também determina que a cidade deve “desestimular o uso do transporte individual motorizado”, “adaptar as condições da circulação de transportes motorizados a fim de garantir a segurança e incentivar o uso de modais não motorizados”, “garantir o deslocamento seguro e confortável de ciclistas em todas as vias” e “implantar redes cicloviárias”, entre outros apontamentos.

18. Da mesma maneira que o PDE, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem força de Lei Federal, tem como uma de suas diretrizes a “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados”, determinando que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. A construção de ciclovias cumpre, também, uma das diretrizes dessa Lei, que determina ainda a “dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados”, entre outras citações.

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Hoje eu fiquei pesquisando sobre a ciclovia, se a inauguração estava com a data certo mesmo e etc, afinal, sendo uma obra pública, acontece de atrasar…
Ao que me parece, não há um atraso e o Vá de Bike fez uma matéria muito legal sobre o evento que está por vir, no dia 28/06.

Por isso, inspire-se e nos encontramos lá! 🙂

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#essalutaénossa
#vaitercicloviasim
#sequisereutiro #sqn
#segurança
#bikeemsp
#existebikeemsp

Pedra da Mina

É… eu andei muito afastada da página esses dias, pois estava com outra coisa na cabeça… E realmente, eu deveria escrever aqui apenas sobre bike, mas como isso afetou diretamente a minha relação com a bike, irei escrever sobre…

Neste feriado, eu e meu marido, Bernardo, subimos a Pedra da Mina.

Foi uma aventura incrível e eu vou relatar para vocês! 🙂

Tudo começou na quinta-feira, 04/06, às 14h: Entramos no carro, sentido Passa Quatro, para acamparmos no quintal do Iturbide, uma pessoa muito querida que já acolheu meu marido e os amigos no quintal dele mais de uma vez.

Chegamos lá por volta das 17:30, o sol já estava se pondo e o Iturbide não estava em casa… Bem, como o quintal continuava grande e com uma bela cachoeira, armamos o acampamento ali mesmo.
Fomos recepcionados por um belo gatinho, todo amarelinho e mião! Nada como ver um felino! =^.^=

Fizemos uma jantinha básica, já que a ansiedade não permitia comer muito, então fomos de cappuccino e tapioca!

Dormimos às 20:30, passamos um frio desgraçado, nos enrolamos o máximo que pudemos e já tínhamos uma ideia do frio que nos esperava lá em cima… E às 04:30 acordamos, ansiosos pelo dia que ainda não tinha raiado e a lua, como um belo presente, iluminava como se já tivesse amanhecido.

Desmontamos o acampamento calmamente, brincamos infinito com o gato, batemos um belo café da manhã, composto por suco de caixinha (individual) e bolachas de arroz com polenghinho.
Percebemos que já estava ficando tarde e nada do amigo Iturbide aparecer, tínhamos um presente para ele (uma lanterna de LED), e queríamos muito entregar… Como já havia raiado o sol e nada dele aparecer, fomos embora…
No caminho, encontramos o querido amigo e entregamos a lanterna! Ali eu tive certeza de que nosso timming estava perfeito!

Fomos então para a Fazenda Serra Fina, para começarmos a subida pelo Paiolinho.

Começamos a nossa subida certos de que tínhamos todos os equipamentos necessários (se por acaso, você está lendo essa postagem e quer uma lista de coisas para levar, me mande um e-mail: samanthaveiga@gmail.com, que eu mando mais ou menos o que levamos – não sobrou muito e não faltou nada!), então às 08:30 começamos a adentrar o mato…
Andamos aproximadamente 1h30 até chegarmos a uma mini cachoeira, que forma uma piscina natural, MUITO BONITA e ali tomamos um lanchinho, composto de frutas secas e amêndoas diversas. Após essa descansada no mato fechado, continuamos, o sol já estava forte e o calor, mesmo no inverno é um grande inimigo.

Continuamos subindo, (e como sobe!) já perto das 13h00 paramos em outro local com água, o último, por sinal (e não é a metade do caminho, como falam), almoçamos (eu li em uma referência para levar salada de macarrão com atum – NÃO FAÇAM ISSO! Fica horrível!!!) e por sorte, levei um pouco a mais de grão de bico e esse foi nosso almoço! Vocês não tem ideia de como o grão de bico é nutritivo nessa situação… Vira um manjar dos deuses!
E a essa altura eu já pensava em desistir… Mas não, era muito cedo, até para montar um acampamento…

Bem, perto das 14h00 continuamos nossa caminhada e logo encontramos a tal da ‘Subida da Misericórdia’ e eu olhei para ela e pensei:

Se até agora não foi misericórdia, FODEU!

É uma parede de pedra, íngreme e que quando você está na metade dela, percebe que ela não tem fim, você ainda vai subir muito!!!

Encontramos ainda dois homens descendo, dizendo que montaram o acampamento lá em cima, mas que estavam sem água… Eles iam descer e subir novamente… (eu fiquei com dó deles!)
Ao terminar a subida, encontramos o acampamento deles e eu já estava querendo parar também, estava MUITO cansada. Mas não tinha onde acampar.
Uma moça que estava nesse acampamento nos disse: “Sigam em frente que tem mais alguns pontos de parada, antes do caminho do topo. Se conseguirem, no vale tem um ponto de camping bem legal!” – Mas eu não conseguia mais, e quando eu vi a próxima crista que teria que subir, quase chorei.
Mas subi!

Logo após essa subida, há mais dois pontos de camping abertos, mas não são muito interessantes, pois tem muitas pedras e aranhas, foram abertos no desespero de alguém, com certeza!
De repente, avistamos o nosso ‘hotspot’! Era um descampado, com poucas pedras, cercado por capim (que lá chegam a ter quase 2m). Era ali que iríamos dormir, protegidos do vento!
Ainda olhamos um pouco mais à frente, mas com certeza, como aquele ponto não teria melhor!

Então às 16h30 montamos a nossa barraca, e eu só pensava:

Vou dormir! Vou dormir!!!

Mas o Bernardo, já experiente disse:

Não dorme agora, vamos comer, ouvir música, espera o sol se pôr, aí você dorme, senão vai acordar daqui a pouco e não vai mais ter sono, além de cozinhar à noite.

Sábias palavras.
Então fizemos um canjão, com carne seca e água, ouvimos música, tomamos um dorflex e até aí, o sol já havia se posto.
Deitamos…
Com medo do frio, já nos encapotamos com gorro, luvas, moletom e entramos no sleeping bag, deixando os casacos à mão, caso fosse necessário.
Pois o nosso hotspot foi tão bom, que nos protegeu do vento e dormimos melhor do que na noite anterior!

Às 04:30 acordamos novamente, mas a neblina encobria tudo e não tinha como levantarmos para continuar, dormimos mais um pouco.
Em torno das 06h30 levantamos e ainda com neblina, decidimos que seria assim mesmo.
Passavam várias pessoas por nossa barraca e a vida na montanha é bem legal, por que todo mundo pode precisar de ajuda, todo mundo se respeita e todo mundo se cumprimenta, mesmo sem ver os rostos.
Enfim, passou um casal, muito palhaços e falaram conosco também.

Tomamos um café da manhã, à base de cappuccino, bolachas de arroz e polhenguinho, tomamos outro dorflex e partimos sentido cume às 07h30 (sim, nos atrasamos muito!).

Fomos caminhando a passos apertados para que desse tempo de curtir a paisagem e rezando para que o céu abrisse.
No caminho, encontramos o casal engraçadinho que passou por nós, eles estavam em um grupo grande de pessoas que eram de Passa Quatro e não iriam dormir por lá. Conversando com eles, descobrimos que é quase como um rito de passagem essa subida pelo Paiolinho, acampar no cume e descer no dia seguinte. Dentro desse grupo, algumas pessoas iriam dormir por lá, pais com seus filhos, tios com sobrinhos e etc.

Enfim, esse casal nos ajudou bastante, tanto pelas risadas para elevar o humor, como por nos ensinar o caminho, que não é fácil, apesar de ser sinalizado por totens, tem muitos totens e muitos caminhos, nem sempre você vai pelo mais curto.

Eles estavam também acompanhados por 2 cachorros (só tirei foto de um, o outro não parava quieto), o que me deixou muito feliz! rs

O dog peludão!
O dog peludão!

E assim, às 10h00 chegamos ao cume!

Bernardo assinando o livro do cume!
Bernardo assinando o livro do cume!
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Sim, estava frio! MUITO FRIO!
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Bem… Esse é o visual! rs
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Frio?
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Neblina no topo!
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O visual não foi muito prestigiado! Mas não importa!
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Livro para assinar sua subida!
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Mazinho e Amanda!

Como podem ver nas fotos, não havia muita vista e estava MUITO FRIO! Muito mesmo!!! Eu acabei descendo às 10h50, morrendo de frio.
Descemos antes de nosso casal de amigos (Amanda e Mazinho)…

Na descida nos perdemos, e acabamos saindo um pouco longe de onde queríamos, mas por sorte, estávamos de frente com um acampamento e aos berros, nos comunicamos e eles nos mostraram o melhor caminho.
Nessas de se perder, os amigos nos encontraram e descemos com eles. Como eles são locais e disse o Mazinho que já subiu mais de 15 vezes, penamos bastante para acompanhar o ritmo. E no fim, a Amanda foi na frente com os cachorros e outros amigos e o Mazinho foi solidário em nos guiar pelo caminho.

Paramos em nosso acampamento, fizemos o almoço, agora para 3 (mas onde comem 2, comem 3), desmontamos tudo e descemos.
O Mazinho se ofereceu para dividir o peso da minha mochila, mas aí eu com essa minha sinceridade toda, deixei ele chateado. Eu disse: ‘E se você não tivesse aqui? Como eu ia fazer? Pode deixar que a minha mochila levo eu!’.
Pois é, ali acabou a amizade. 😦
E o Mazinho foi na frente, chateado por não poder ajudar.

A descida foi muito cruel para mim, cai diversas vezes, quebrei o pau que usava para me apoiar, estava bem cansada.
Um amigo havia me falado para passar vaselina nos pés, para não gerar tanto atrito. Eu passei, mas acho que não foi o suficiente.
Nasceram duas bolhas enormes e me acompanharam, massacrando meu pé até o final.

E então, às 16h30 terminamos a descida, depois de paradas longas, muitos papos com pessoas no caminho e claro, um bom descanso na última cachoeira do caminho.

Chegamos no carro e fiz uma coisa que foi absolutamente gratificante, troquei de roupa e coloquei uma Crocs! Vocês não sabem a benção que isso pode ser! Rs

Na estrada de terra, rumo ao ‘Seis e Meia – Gourmet’ (vulgo – o melhor restaurante de Passa Quatro), tivemos esse lindo visual…

O sol! Que presente!!!
O sol! Que presente!!!

Bem, fomos comer, COMIDA feita na hora, fresquinha! Nossa!

Comemos como se não houvesse amanhã e para a nossa surpresa, quem passa por lá? O querido Iturbide!

Sabendo que chegamos ao topo, disse que na próxima quer ir também! Rs
Acho que essa loucura contagia!

E então às 20h00 entramos no carro e pegamos o rumo para casa!
Às 23h00 estávamos em casa, coçando os gatos e tomando um banho!
Ah! O valor do banho! Esse, você não esquece jamais! Rs

É isso! Espero que tenham gostado do relato e que se tiver vontade de tentar, vá! Prepare-se, equipe-se e vá!

Eu tenho certeza que a Samantha que começou a subida, não é a mesma que desceu!

Discussão sobre segurança dos ciclistas

A segurança dos ciclistas não é discussão apenas no Brasil… Em Londres também existem problemas e discussões.
O Jornal Metro (em inglês) fez essa matéria, muito interessante! E eu fiz uma tradução livre para você!

As Leis de Trânsito Holandesas estão obrigando os motoristas a jogar de forma segura. Não seria a hora de também adotarmos a responsabilidade para proteger os ciclistas na Grã-Bretanha?

Algumas pessoas simplesmente não entendem o ciclismo. Tem a falsa ideia de que é um meio perigoso de transporte, independentemente dos fatos.

Os vídeos de ‘terror de virar o estômago’, como esse exemplo recente, fazem muito pouco para convencer a todos que ter duas rodas é tudo de bom!

Mas compare isso com um vídeo de uma cidade banhada em ‘Cycling bliss’ (ciclismo feliz), e as vantagens e benefícios de uma população ciclista são gritantemente óbvios.

Andar de bicicleta em cidades britânicas deveria ser incentivado, aplaudido e disponível para todos. Em vez disso, a primeira questão de qualquer não-ciclista é sempre: “Mas, não é perigoso?”

Bem, a resposta é não. O número de ciclistas em Londres dobrou em dez anos até 2012, e eles ainda estão subindo. Enquanto isso, o número de mortes anuais tem realmente caído.

É mais provável você ser ferido jogando tênis do que andando de bicicleta. Mesmo uma hora de jardinagem é estatisticamente mais arriscado do que uma hora de bicicleta.

No entanto, isso não quer dizer que os acidentes terríveis não acontecem, e ciclismo pode – e deve – ser mais seguro ainda.

A Holanda está um passo à frente – terra de horários flexíveis, tulipas e ciclismo. Ela classifica consistentemente no topo dos índices de felicidade globais, e as suas cidades se vangloriam da infraestrutura modelo para bicicletas.

Está é uma das razões pela qual em algumas partes da Holanda, 50% de todas as viagens são feitas de bicicleta. Em Londres, este número está crescendo, com um surpreendente 24% dos deslocamentos da hora do rush atualmente feitos de bicicleta. Nacionalmente o número é de pouco mais de 2%.

Mas, além da infraestrutura fantástica, os holandeses têm mais meios e mais sutis de garantir a segurança dos ciclistas; a lei de ‘responsabilidade objetiva’, que protege os transeuntes vulneráveis daqueles em veículos mais potentes.

Nos termos da lei, a responsabilidade por falhas ou acidentes encontra-se automaticamente com o mais poderoso dos transeuntes da estrada, a menos que possa ser provado sem nenhuma dúvida que o mais vulnerável é o culpado pelo acidente.

Como resultado, os motoristas holandeses tomam mais cuidado em torno de ciclistas e pedestres, tornando as estradas um lugar muito mais seguro para todos.

Na Grã-Bretanha, os motoristas raramente são condenados por acidentes envolvendo ciclistas.

Em 2013, seis ciclistas foram mortos nas estradas de Londres em apenas duas semanas, e não foi feita uma única prisão. Isso não envia a mensagem de que os ciclistas na Grã-Bretanha são protegidos e valorizados.

Não é hora de o Reino Unido aprovar as leis necessárias para proteger os ciclistas?

E aí eu pergunto, será que no Brasil também não deveríamos tirar essa discussão das rodas de esquerda e direita e trabalharmos como uma solução para o trânsito e epidemia de obesidade?
#repense

Ubatuba + Bike

O querido Robson me mandou essa foto:

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Muito TOP!

Todos que incentivam a bike tem meu apoio! E agora, estou curiosa para conhecer o aquário! 🙂

Mais informaçõeS:
http://aquariodeubatuba.com.br/